sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não, ainda... Não morri!...

A música soa suavemente... impregnando o ar...
Meu ser se entrega ao tocante som e se põe a cismar.
Lágrimas incontroláveis nos meus olhos vêm bailar.
São tantas mágoas... tanto vazio e dores para contar.

O ontem ficou no espaço. Sei, jamais irá se apagar...
Procuro a mágica esperança que me fazia sonhar...
Não sou mais aquela menina que vivia a cantar,
Só aflições e decepções... fazem meu peito soluçar...

Essa não sou eu... essa é outra mulher, outra pessoa...
Uma doidivanas... que no espelho se vê refletida...
Que, seus erros e enganos, não aceita nem perdoa,
Porque causaram-lhe muitas lágrimas, muitas feridas!

Quem mandou confiar dessa maneira tola e desprevenida?
Não acreditar que existem feras incoercíveis e famintas?
Que nada vale perder a liberdade, fazer da vida uma desdita.
Um coração não tem vigor algum... numa alma destruída.

Foram-se os anéis... quase foram os meus dedos...
Privei-me da alegria, mergulhada em amargo segredo.
Passando tantas noites insones, frustrações e medos.
Agora chega!... Não quero mais esse tétrico enredo!...

Ainda há tempo de recomeçar de cabeça erguida...
De enterrar todo o passado... de retomar a minha vida!
Abandonar essa fraca do espelho que vejo refletida...
Sair para o mundo.. e sentir-me desta sina absolvida!

Afinal... Sou como o valente carvalho... não morri ainda!...

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