sexta-feira, 30 de julho de 2010

TEMPO DE SAUDADE

Pode ser que um dia a saudade me encontre na esquina do tempo, sozinho a recordar ou quem sabe, com as mãos postas, ajoelhado a rezar;



Pode ser que nesse encontro tenhamos muito a nos perguntar e nessas indagações, muitas interrogações irão acontecer, por que lindas recordações só terminam com o amanhecer...



Os amigos que o tempo levou os amores que no coração ficou serão motivos de alegria, por que esses são motivos que jamais irão fenecer.



Pode ser que os amigos, de mim nem se lembrem mais e os amores de mim nem se recordem também, por acharem que o meu amor foi um amor fugaz, ou quem sabe pensarem que foram amores banais.



Pode ser que a saudade me pergunte se eu ainda tenho sonhos plantados no canteiro do tempo, e eu terei que ser franco no responder, por que meus sonhos e ideais foram tão iguais no plantio. Já cresceram, floresceram e desabrocharam como flores, ornamentadas por lindos amores.



Hoje ainda existem sementes de meus sonhos no tempo a volitar, em busca de solo fértil onde se plantar, e uma vez plantadas, irão esperar uma nova irrigação de amor para então germinar.



Pode ser que amanhã minhas letras não bordem mais sentimentos, nem palavras cristalizadas de amor; Pode ser que o amanhã nem tenha tempo a tempo de chegar, para ainda ver o desabrochar do meu último sonho, naquela linda flor. Então saberão que eu fiz-me sonho, para em outro sonho despertar.

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