sábado, 31 de julho de 2010

TENHO UMA MÃO CHEIA DE NADA

Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que em menino tentava transformar
em realidades –

pequenas realidades de criança.

Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que em adolescente sonhei
com graça e ilusão –

a ilusão de um jovem adulto.

Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que em homem converti em
verdades douradoras –

verdades nuas e insofismáveis.

Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que percorri toda a vida
e ainda aguardam a sua vez –

estar contigo para todo o sempre.

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