sexta-feira, 9 de julho de 2010

HOMEM DO POVO

Meu caro José, nascido
numa aldeia Ribatejana
tens a humildade desse
povo bem vincada em
tudo quanto fazes.

Desde “Viagem à minha
terra”, escrito aos vinte e cinco
anos foi a partir dos
quarenta que te dedicaste
por completo à literatura.

José homem de ideias bem
delineadas e de ideais bem
definidos sofreste a clausura
do teu país por irem de
encontro a ti, sem te respeitar.

Junto com Pilar tua companheira
rumaste a Espanha, à ilha
de Lanzarote, onde montaste
guarda e o escritor teve aí
os seus mais populares escritos.

O «Evangelho segundo Jesus
Cristo”, teve a mão da
inquisição do governo da
altura, para vetar teu nome
para o prémio Nobel da Literatura.

Mas contra todos esses negros
corvos, gente bem formada
e justa soube retribuir-te o teu
trabalho e entregou-te o prémio
que tu sabias que chegaria a ti.

“O que é meu às minhas mãos
vem parar” dizias tu antevendo
que estavas sozinho mas
a trabalhar bem e a criar livros
de grande qualidade.

Adeus José teu espólio de
grande riqueza, traz-nos
ensinamentos para todo o
sempre. Homem de uma só
palavra soubeste singrar

neste mundo de podridão
e cabeça bem erguida
construíste a tua obra
sempre defendendo a tua
dama: os livros que escrevias.

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