sexta-feira, 23 de julho de 2010

VENDO-TE À JANELA

Todos os dias te vejo
à janela
como se esperasses
alguma coisa que nunca
chega.

Cabelo ao vento trazes
a cidade presa
nos cabelos e estendes
as tuas melhoras
cortinas nas janelas.

Quando passo por ti
nem sempre
reparas em mim
de tão absorta com o
que se passa lá fora.

Chamo-te à atenção
sorris para mim
com o teu melhor
sorriso
de orelha a orelha.

E eu fico feliz porque
me fizeste atenção
e posso continuar
minha
caminhada subindo a rua.

Eu sigo e tu continuas
à espera na janela
que alguém venha
te cumprimentar
menina e moça.

Meu amor é pequeno
ante o amor que
sentes pelas coisas
deste mundo
tão bonito.

Não tenho ciúmes
pois tu
pertences a todo
o mundo e todo
o mundo te pertence.

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