quarta-feira, 21 de julho de 2010

Máscaras do silêncio

Me escondo nos meus silêncios,
cubro meu rosto com velhas máscaras,
quantas vezes chorei, ainda ofegante sorri,
meus pensamentos eram de liberdade,
os escuros eram muitos, ainda são,
palavras não ditas me maltratavam,
apenas meus olhos diziam da infelicidade.


Tirei parte da armadura que me protege,
soltei as mãos das amarras e saí à procura,
sinto ainda buracos na minha alma,
o corpo sem carícias estava dolorido,
senti falta de paixão, no peito só um vazio,
tinha em mim os desejos de liberdade,
arranquei as máscaras e fui em busca.


Por trás das máscaras silenciosas, tristeza,
os abraços não tinham calor, o beijo seco,
alcei vôo e fui à caça da liberdade,
deixei cair pelo caminho partes do passado,
vi que estrelas têm brilho, o sol é quente,
senti o carinho honesto, um gosto diferente no beijo,
fiquei nu, joguei tudo fora; hoje, sem máscaras, amo.

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