Ali se postou meu passado, transmigrou-se acordado
como um álbum de recordação.
Quedou-se virando folhas turvadas no tempo, torvelinho quase desalinho de um coração.
Atado as águas escuras de um rio negro, escuro como a noite,
emergiram meus pernoites,
minhas lembranças de uma feliz
desenvolvida criança.
Ah, quanta saudade sentida, relembrada.
Ah, minha terra!
Nem sabes o quanto por mim és amada. Ah meus tempos!...
Tempos idos que não voltam mais,
tempo que o próprio
tempo deixou lá atrás.
Ah se eu pudesse naquele
tempo novamente voltar,
se eu pudesse estacionar
o tempo e parar de recordar,
certamente eu seria mais alegre,
seria como uma ave feliz, longe a voar. Mas eu sei sim, que devo aceitar e deixar a recordação no coração aflorar, porque o tempo assim o quis.
Mas, ainda que distante,
pensando em ti minha Manaus,
ainda sou feliz.
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