Deixa-me conjugar no teu corpo minhas carícias sem verbo. Permite ser minhas mãos a voz pronunciada, a conjugação calada de um sincero amor...
Deixa-me dissertar o que sinto por ti.
Prometo-te neste texto não me alongar, pois você é o meu pretexto para amar.
Serei para ti teu escudeiro vigilante, teu mais fiel servo. Prometo-te ser o sujeito oculto do amor. Serei o predicado delicado como a pétala de uma flor, ou quem sabe teu mais adorável amante.
Deixa-me ser no teu coração a igualdade da ação, ser a mais sincera reação no teu pressentir e no teu sentir da emoção, a chama viva da paixão.
Deixa-me na minha dissertação falar de ti, falar de mim, dizer de nós, ainda que não estejamos a sós. Prometo-te nas luminárias da ação, escrever com raro esplendor na linha do amor, ou quem sabe no teu meigo coração.
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