quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sonhos de sol

Meus sonhos dormem ao sol dos amanhãs,
todos têm vida, nascem e morrem,
todas as realizações são noites de verão,
não sou pobre ou mendigo, apenas poeta.


Tenho desejos loucos e dourados,
não de riqueza, não preciso de ouro,
canto à lua no meu canto da noite,
dou gloria ao sol no beijo de bom-dia.


A raiva passa, perdoo e sou perdoado,
o peito fica sufocante, mas não tem fundo,
tudo se entorna no vento que leva embora
para um lugar que ninguém lembra mais.


Namoro os meus amores que tenho,
todos estão separados e juntos no coração,
uma na mente, outra no corpo e uma no céu,
o beijo é uma escada e vou, degrau a degrau.


Trinta e tantos dias e estou saudade,
da donzela, de um dos meus amores,
ela de prazer doce, de carne macia e beijo,
todos que me faz namorar, a lua, o sol.


Tenho um palácio dourado, certo que sonho,
mas meu, com paredes amarelas e nuas,
uma garrafa de vinho na mesa, um copo,
o que me faz sonhar com meus amores todos.


Meu maior sonho dorme ao sol de um corpo,
este é meu refugio, onde guardo o destino,
o vento que respiro, a paz que multiplico,
no amor daquela mulher por quem suspiro.

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