quarta-feira, 21 de julho de 2010

O CANTO DOS MEUS RIVAIS

Que de imagens belas, feito fosse sempre meu olhar, e em cada manhã renascida eu pudesse ver-te vestida tão bela, mais linda que o prateado luar.
Mas que o meu olhar te enfeitasse ainda despida e vestida fosse tu com o meu amor, e ainda que eu tivesse os rouxinóis como meus mais belos e elegantes rivais, perdão, de amor eu te cobriria ainda mais.

Ah meu rival rouxinol, como tens o canto lindo!
Tão lindo como o esplendor de uma manhã de sol. Então canta e canta mais pra minha amada ouvir o teu canto de luz, assim, quase um poema numa noite estrelada, como luzes de pirilampos a piscar.
Mas canta!
Canta ainda que eu tenha inveja
do teu cantar.

Canta! Canta mais meu rival! Canta pra minha amada encantar, ainda que de tristeza e lágrimas meus olhos abrolhem, mas canta que minha amada quer ouvir teu canto de amor, e no teu cantar de lindo louvor, quem sabe, este jardineiro semeador de sonhos, ela queira algum dia, amar.

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