sexta-feira, 23 de julho de 2010

PURA VAIDADE DO SABER

A vaidade é um presente de Deus.

Ter idade e não ter vaidade é esquecer que a vida é uma eternidade, é saber sem conhecer, é ter sem saber que tem.



Tudo na vida é um mistério e muitos nem sabem que esses mistérios existem, nem sabem que eles fazem parte da existência de Deus. Por isso eu digo, a vaidade é um presente de Deus.



Tudo na natureza tem dois gêneros e semelhantes. Existem homens e homens.

Existem aqueles homens que esqueceram de si mesmos, que criaram a fase inexistente do fim e que deixaram até de ser felizes, por que o tempo lhes turvou a elegância do discernir.



Mas existem aqueles homens que sabem que a idade não existe, nem neles e nem em ninguém. Aqueles homens que souberam administrar o tempo e que sabem que cada ruga de suas mãos, ou de suas faces, são marcas do saber, da experiência e do conhecimento do amor.

Eles sabem que as cãs são entalhes que se fizeram presente, como presente de elegância, ofertada pelo tempo.



Esses homens sabem o valor da mulher e a cada olhar, fazem da imagem um polido relicário do amor. Esses homens sabem o tesouro transportado na nota da canção, sabem absorver, admirar e diferenciar o lirismo do romantismo, por que o prateado de seus cabelos são marcas de carinho e amor, presente de vaidade que o próprio tempo lhes deu.



Esses homens sabem que o hoje será o ontem no passado e não embarcam para a viagem desse tempo, preferem esperar o que virá no amanhã, tendo o passado como recordação apenas e o futuro como absorção do belo e do alegre, por que esses são seus pensamentos que lhes conduz a felicidade, sabendo separar no presente, o bom do ruim, guardando o melhor, por pura vaidade do saber.

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