segunda-feira, 19 de julho de 2010

ÀS CRIANÇAS ESQUECIDAS

Ante meus olhos a folha branca.
O verso foge e não elucida quem lê…
morre uma criança por inanição,
e eu que só escrevo para sublevar

tudo isto. Meu grito é surdo ante
as pessoas que se julgam vivas neste
mundo, onde o segredo é sermos
uns para os outros a todo o momento.

Mães sem leite para os seus bebés
recriminam-se, mas a verdade é mais
forte ante a sua vontade e morrem crianças
a cada segundo no mundo inteiro.

As maleitas afrontam os petizes…
bastava uma casa de campanha para os
socorrer e dar-lhes anos de vida,
contra a demografia atroz e cínica.

Moscas invadem os rostos puros
e a doença se propaga intensamente,
colhendo os frutos ainda por madurar
que lutam pela sua sobrevivência.

Que posso eu gritar quando o silêncio
é mais forte do que qualquer clamor?
Que tenham piedade das crianças de
tenra idade e lhes tragam em mãos a vida.

O povo precisa de suas crianças sãs,
a crescerem livremente, para fazerem
parte da sociedade, em franco
desenvolvimento ou simplesmente

paradas no tempo atroz e voraz,
na vontade de mudança contra todas
as expectativas, que dão por cerces
o afloramento das novas flores.

A vontade tudo vence e nossas crianças
Africanas e Sul Americanas, hão-de vingar
no pouco que lhes resta, mas o Homem
há-de ser capaz de aflorar tudo isto e vencer.

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