sexta-feira, 23 de julho de 2010

O SOL DOURA ONDE O ORVALHO FINDA

O sol doura e brilha no céu
descansando seus raios no rio
que corre manso para onde
as águas o levam na sua matriz.

Desemboca no ancoradouro
onde o orvalho colhe a
madrugada na orla do rio
que se espraia mar adentro.

Gaivotas rondam os barcos
do pescado esperando que
estes saiam para a faina e lhes
traga o peixe ansiado por todos.

Na doca as varinas despedem-se
dos pescadores e rezam por
uma boa pescaria e que todos
cheguem a casa sãos e salvos.

Mãos de sal remam ao norte
e lançam suas redes nas águas
esperando que o peixe suba
e se enrede na rede largada.

Com um chicote de força puxam
as redes repletas de alimento
marinho e as gaivotas invadem
a monotonia da pesca.

Regressam a casa com o peixe
os pescadores envoltos de
pássaros de toda a espécie
fazendo um grande escarcéu.

E ao ritmo de uma cantilena
trazem de volta os barcos ao
cais onde os esperam as mulheres
prontas a separar o peixe.

Os pescadores puxam os barcos
para o areal, longe das vagas
furiosas e preparam-se para
arranjar as redes estragadas.

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