segunda-feira, 19 de julho de 2010

Espírito de vida

Meu espírito pede vida,
caminho laços e abraços de meu Deus,
um tanto longe, vezes incrédulo,
sinto-me abandonado da sua proteção.


Preciso crer nos meus céus,
construir paraísos com minhas palavras,
acreditar no outro de coração puro,
quando me perco, oro, cada frase decorada.


Quero ser perdoado e aprender a perdoar,
cada dia, cada mágoa,
lavando minha alma impura de amor,
do que me dou, do que recebo.


Volto meus olhos ao superior,
carrego nas preces em voz alta,
a força que preciso não está no grito,
se devo continuar, não sei até quando.


Aprendo a cada muro que derrubo,
a cada gole d'agua que recebo,
jamais esquecendo que sou humano,
aprendiz de Deus e de todo homem.


Vez ou outra blasfemo contra Ele,
em minha direção somente paz,
não quero ser criança, nem guerreiro,
o covarde promete, o crente cala.


Meu espírito aos poucos adormece,
preciso da paz que me fez e faz caminhar,
quando o sol apagar dos olhos,
voltarei outro corpo, noutra encarnação.

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