domingo, 4 de julho de 2010

Ontem de amor

Ontem era a luz que sonhava,
teu corpo cintilando desejada,
a boca de sim, o sorriso no meu,
os beijos pedidos, a roupa jogada.


O dia já era quase noite de amor,
o tempo parou antes do entardecer,
as vozes eram pequenos sussurros
ouvidos a cada toque de prazer.


A boca era doce que se espalhava,
sem promessas feita, só o presente,
como se o sabor penetrasse a alma,
excitando cada pedaço com saliva quente.


Amanhece as músicas, os relâmpagos,
não temos como mostrarmos inocentes,
os brilhos, os suores, o perfume dos sexos,
o acordar hoje, ainda um tanto dementes.

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