quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amor anônimo

Sim, algumas vezes fiquei um tanto nervoso,
deveria aprender a me calar nestas horas,
se sou amante, não consigo ser invisível,
vez ou outra penso se devo ou não desistir.


Então escrevo minhas derrotas da vida,
minhas mãos me fazem lembrar outros amores,
o que passei das solidões, dos desprezos,
assusta-me o escuro de estar só no sentimento.


As palavras saem da minha boca para senti-la,
quero ser suficiente para mostrar meu amor,
não quero ser o lado secreto da sua vida,
em um amor, sou todos os amores que te amou.


Espero um dia que me mostre ao seu mundo,
não quero ser o fantasma preso em uma caixa,
alguns dias ser atração, sua, depois me esconda,
algo assim não faz bem ao coração, não ao meu.


Vivenciei muitos invernos, hoje quero ser verão,
sol que brilha por todos os lados e aquece,
quero me sentir protagonista, não apenas útil,
presente em tudo, vivo, nas ações e decepções.


Espero ter este dia, todas horas a atenção que dou,
não vou mudar em troca de amor, já me tem inteiro,
quero as cores mudando o preto e o branco,
estaremos juntos, assim é viver um céu, uma vida.


Hoje meu amor tem asas enormes, não deveria,
as distancias ficam maiores se não cuidadas,
não temo nenhum momento da vida, ainda que;
a solidão volte, o carinho esfrie, o amor voe.


Espero, é o que desejo e tenho a entregar-lhe,
a razão da minha vida, toda ela, não anônimo,
o melhor amor que posso tirar do meu sentimento,
simples assim, amo, com amor declarado e publico.

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