sábado, 3 de julho de 2010

Sombras

Uma lâmpada no teto,
como lua que acendeu,
em baixo uma cama,
seu corpo sob o meu.


As paredes descoloridas,
provocando um sonhar,
no chão, roupas desertas,
disfarçando um olhar.


Duas sombras e um propósito
oscilando luzes da paixão,
como os reflexos da luz
mostra forte sua aversão.


Nem sei se era dia,
escondido a atingir,
neste corpo agasalhado
por um gozo a construir.


As sombras em ritmo
com nada a importar,
flutuam sobre o outro
sem interromper o sonhar.

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