sábado, 3 de julho de 2010

Invasões

De repente um corpo surge das sombras,
suas mãos correm apressadas minha pele,
o beijo ardente roubou minha boca,
os toques eram insensíveis e gulosos.


Foi um despertar sem asas.
a lua ainda iluminava o quarto,
o céu avermelhado da luz de um abajur,
o calor correu meu corpo de cima a baixo.


Cada instante meu membro ficava mais rijo,
nenhum momento era ou foi igual,
cada segundo o prazer tomava conta,
nunca mais ou menos, foi longo e aquecido.


As sombras se misturaram até ficar uma,
sem rotas, caminhos se abre e são invadidos,
pedaços úmidos se recebem e se doam,
os ritmos variam a cada minuto, a cada entrada.


O calor aguça ainda mais os desejos,
sem propostas, apenas nos roubam do tesão,
loucos em sua busca, o gozo não demora,
extasiados e maquiados pelas sombras.

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