sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O FLORESCER DA VIDA

É possível que nossa vida componha-se

de quatro estações existenciais,

assim como se fora as quatro estações do ano, compostas pela primavera, verão, outono e inverno, com uma marcante diferença, quando as estações existenciais de nossa vida são inversamente opostas às estações do ano.

Assim, a nossa vida tem início no inverno da existência, passando pelo outono fecundo,

quando atravessamos aquela fase da criação,

do amadurecimento, seguindo para a fase do aquecido verão existencial.

Aí é onde entramos na fase da estiagem

e passamos apenas a viver com o cultivo das fases anteriores, são as fases das lembranças, das contemplações e recordações.

Depois adentramos aquela fase mais linda,

a fase da primavera da vida, é a idade das flores, a idade do belo, dos sonhos e das cores. Essa é a fase que nos tornamos novamente criança. A inteligência nos aflora com mais nitidez e a compreensão da vida é mais bela, cheia de sonhos, repleta de ideais.

Damos cores a tudo que vemos

e absorvemos no coração mais amores.

Somos crianças envaidecidas por amar e ao mesmo tempo somos adultos, porque soubemos tanto a fase do amor esperar.

Essa é a estação da vida, que em nossa vida torna-se mais objetiva, na própria subjetividade, porque os abstratos não são apenas o impalpável, mas se tornaram sólidos e visíveis, tanto quanto o sentir invisível do amor. É a fase primaveril, é a estação das flores e dos sonhos em plena puberdade da existência e é quando na alma floresce o verdadeiro amor.

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