sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tempo e vida

Quero os minutos que fogem da minha vida,
os sentidos aguçando, desde que mais,
as fantasias cada dia mais provocantes,
as realidades um tanto mais suaves, por agora.


Preciso da paixão eufórica forçando o peito,
as luzes brilhando no fundo dos olhos,
a pele queimando as energias dos desejos,
a fumaça do cigarro flutuando o ar depois do amor.


Quando der, paro as horas para que fique,
paro a noite para (de novo) fazer amor,
lambuzar o rosto de felicidade, tocar a carne,
sem a abusada saudade que maltrata o corpo.


Por fim, quero aquele amor que escolhi,
caminhar sem tempo e sem destino de chegar,
deixar a solidão sem rumo, de dor, desesperançada,
carregando cada minuto que me tomava o dia de vida.

Sem comentários: