terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lingerie

Vivo em um mundo meu, mascarado de amor,
seu corpo são ruas vestidas em um lingerie preto,
esquinas maquiadas de batom vermelho-vivo,
portas que abro e provo seus sabores de carne,
seus olhos são janelas refletindo brilhos de paixão.


Ela é um pouco e quase tudo de mim,
das viagens que realizo nas suas curvas,
um definir inteiro de amor que fazemos entre luas,
e caminho suas entradas, e a provoco,
com a língua fazendo arte, ouvindo a música do corpo
e agora gemidos, sempre em poesia...


Acredito em todos os amores que ela me oferece,
em nenhum poema falo de pessoas, mas dela,
suas ruas são minhas trilhas vestidas de vidas,
como a lingerie e não como uma promessa futura,
transportou-me para seu universo de fantasia,
sem palavras, sem passado, só eu em seu mundo.


Caem as vestes que enfeitam sua carne,
as melodias, as cores aparecem na pele nua,
arrasto-me corpo acima sem falar da espera,
suas esquinas são emoções enfeitadas de paixões,
sem lágrimas, sorrisos sem começo e sem fim...


Continuo por entre estações deste seu mundo,
volto os olhos a lingerie preta jogada ao chão,
a boca vermelha agora manchada da minha saliva,
o gozo correndo pelas margens da loucura,
enquanto palavras se perdem aos toques,
o sim importa, enquanto o amor está na fantasia.

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