terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Caminheiro

Não tenho e nem quero limites,
minhas vontades não são astros,
minha boca cala a cada não,
não aceito metades de amanhãs.


Se houver empecilhos, removo,
dou volta ao mundo e retomo,
não planto raízes, rego idéias,
sombra só as da noite, o dia é meu.


Se tentar mais posso alcançar
o vento que passa, a lua que esconde,
as palavras que ofendem,
o pensamento bom, o beijo.


Se não pode me acompanhar,
conta-me seu sonho que te dou,
vou buscar onde estiver e realizo,
se alguém pode, também posso.


Hoje não tenho asas, por enquanto,
poderei voar logo que me amem,
alguém que me liberte e vem junto,
com o mesmo sonho e destino.


Se vier comigo, não sei minha rota,
não conheço nada da minha vida,
se acaso sentir frio, te agasalho,
se fizer calor, te dou sombra.


Quando alcançar meus olhos
tente ver se tem o brilho do amor,
se não, deixe ir meu caminho,
até um dia, até um outro sentimento.

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