sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estradas de amor

Tenho desenhado estradas ao longo da vida,

alguns caminhos são necessários, outros,

como se fosse um atalho para meu amanhã.





Muitos sentimentos se perdem pelas noites,

a todo momento a solidão dói na carne vazia,

de verdade, precisava ser mais atrevido

para tomar sem pedir aquele grande amor.





Sou fiel as minhas realidades, e as idades,

a aparência sempre vem primeiro,

não tenho muito a oferecer, nenhum mundo,

tudo que tenho carrego no peito, um amor,

um sentimento de homem apaixonadamente louco.





Continuo fazendo o simples, atravessando ruas,

escrevendo minha história sem tinta, sem papel,

mostrando-me quem sou, não para que gostem.





Tem horas que o gosto amargo vem à boca,

mas também o sabor do beijo, o mel,

o calor d’outro corpo aquecendo minha carne.





Posso sorrir cada lua que vejo, posso chorar,

meus sentidos têm verdade, meu corpo calor,

as lágrimas têm sal da tristeza ou das alegrias de vida.





Tem que haver algum sol depois daquela nuvem,

cobranças, créditos, paixões, amores,

é assim que confio enquanto caminho a estrada,

sem um ombro amigo, sem muita atenção,

tudo é incondicional, viver é não ter restrição.





Equilibro meus dias sobre pés cansados,

seria muito bom ter asas, mas não sem o vento,

um apoio, um destino para qual pudesse ir sem pensar,

viver é quase amor, caminho amor, caminho vida.

Sem comentários: