segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Procurando no passado

Voltei ao teu ontem e não me vi,

joguei com o tempo,

pensei que era minha noutros dias,

como teu corpo me mostrou

e tua boca me beijou pela manhã.





Vaguei um destino a procura do olhar,

separei ruas e dobrei esquinas,

nada de encontrar minha outra parte,

não era o sentimento que faltava,

mas o belo que moldou minha alma.





Encontrei teu riso, depois tua boca,

caminhei teu espírito com ar de crente,

falei noutras promessas, mas não eras tu,

aquela que não tinha nome, nem imagem

a que me consumiu por todo o destino...





Tenho sonhos como todo homem que ama,

ouço músicas nas vozes que me acordam,

sinto o perfume do corpo que me deseja,

mas não são de rosas, não são de flores,

não tem volume, não tem cor, apenas pele.





Deixo que o tempo caminhe teu destino,

tenho todas as sortes, todos os mistérios,

dei vida a mulher que inventei dentro de mim,

escrevi do amor que sonhei em minhas noites,

mas não dou em troca o hoje da minha alma.

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