domingo, 27 de fevereiro de 2011

Proíbo-me

E continuo meu destino seguindo um ritmo,

sigo as sombras do sol que me anima,

enquanto vozes me queimam os pensamentos,

pergunto-me se vale a pena sorrir, se vale viver.





Tenho asas, mas não sei fazer vento,

quando estou louco, fico bem,

quando estou amante, fico melhor,

quando estou noite, desperto o poeta

que abre o peito e grita frases para a lua.





Sei que gosto da minha pouca vida,

caminho aos relâmpagos que me tiram o sono,

escrevi meus desejos numa pedra a beira mar,

a cada batida as ondas acorda meu destino,

por uma hora fiquei eterno, sem dores e desperto,

mas o sonho passa, as vontades se perdem adormece.





Proibi meus sentimentos de viajar novos corpos,

não fiz acordo com meus amanhãs,

mantenho-me puro, respeitoso as minhas crenças,

até que passe as tempestades e os sonhos voltem.





Não mais me proíbo de nada, nem palavras,

nem respostas, somente espero de mãos abertas,

de braços com meus amores todos, milhares,

que me fazem momentos, alguns melhores e outros...





Sem reclamar da viagem, esta noite retornarei ao céu,

buscarei sonhos que carregarei em meus braços,

já é hora de mudar cada detalhe do meu destino,

acertos e erros, certezas e caminhos, não volto para

aquele corpo mal desenhado e vestido de carne.





Proíbo-me de reclamar da terra que me cuidou,

do véu que me cobre a cara, das orações sem crença,

dos sorrisos falsos com dentes extremamente brancos,

e bocas pobres falando o incerto sem remover raivas.





Proíbo-me de ser igual, diferente ou apenas mais um...

Sem comentários: