segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nu

Observo em silêncio um corpo nu a beira de uma cama,
teus olhos movem-se devagar como se a procura,
parece que os pensamentos se jogam
ou os meus sentimentos que buscam os teus.


Teimo em senti-la como se estivesse junto,
deveria talvez ser mais sutil e menos vago,
a energia me invade pelos olhos e me faz forte,
espiritualmente, mais de prazer que de vida.


Permaneço em estado de graça diante a imagem,
não é um simples nu de uma mulher qualquer,
é um corpo que provoca os sentidos mais ricos,
lançando amor misturado aos desejos da carne.


Se é noite não sei, tudo se ilumina a tua volta,
não existe um começo e nem fim deste tempo,
devo estar ali há horas ou há segundos, o êxtase
e todos os sentimentos aflorando em meu corpo.


Observo desde o inicio o nascimento do eterno,
o que aparece em teu corpo nu a beira de uma cama
não é somente um amor consciente que não tem fim,
um grande silêncio justifica tua aparência fantástica.

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