terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma madrugada

Era somente uma madrugada,

as estrelas estavam vazias,

as saudades iluminavam a rua,

a garoa era um tapete brilhante,

enquanto cavalgava as lembranças,

meu mundo desconhecido

não estava liberto da solidão...





Ela, uma mulher de cabelos claros,

um sorriso grande, enorme,

que mostrava dentes brancos,

um batom vermelho que provocava,

sem perguntas, sem palavras, um beijo,

o som do blues saia de alguma janela

festejando nosso primeiro encontro.





Era madrugada ou metade do dia,

não sei, já não estávamos lúcidos,

parou ali a busca da felicidade,

não éramos apenas corpos, mas deuses,

que provocavam relâmpagos dentro d'alma,

numa incontrolável paixão, indomável, sexual,

de um amor liberto e único...

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