Dê-me um céu, que tenho asas,
um corpo para amar, tenho amor,
quero sorrisos lambendo lábios,
espaço para deitar meu cansaço.
Dê-me uma lua, tenho romance,
faço do seu beijo o meu tempero,
do andar, passos que descobrem caminhos,
das nuvens, uma cama de fazer amor.
Dê-me o corpo da mulher, tenho carinho,
prenda-me em seus dogmas, suas caricias,
quando mais carente permita-me buscar
o aconchego no amor que me destes.
Dê-me o vento, que te dou um destino
para que flutuemos soltos, leves,
no peito somente o desejo de ficar junto,
indo à direção da luz que brilha nas almas.
Dê-me uma mão, que dou segurança,
lado a lado fica menor a diversidade,
enquanto o mundo se devora, paramos,
olhamos ao redor e desligamos a rotina.
Dê-me correnteza de vida, como desce o rio,
forte, mesmo que a velocidade traga incertezas,
o amor nos indica o caminho mais suave,
um lugar que abrigue, amante e amada.
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