domingo, 15 de agosto de 2010

DE PAI PARA PAI

Pai, como pai que também me tornei poderei te falar como pai. E é assim que eu quero te falar hoje. Eu quero te dizer uma conversa franca de pai para pai...

Agora que estamos a sós, me responda, como é bom ser pai não é mesmo?

Ou ser pai, é quando deixamos de ser filho para nos consagrarmos deus? Ou é quando recebemos esse presente de Deus, que chamamos de filho?

Mas como é divino ser filho também, não é mesmo pai?

Como é dignificante ser filho e pai ao mesmo tempo! Assim exclamo porque foi através de ti que me fiz vida, e no contexto dessa vida me ensinaste a conhecer a esperança e o amor, e como filho, nessa esperança assisti a transparência alva da paz vinda de teu coração, visível no teu sempre meigo olhar.

Pai, no aprendizado natural da vida, o mais louvável que me aconteceu foi o que aprendi de ti.

Foi te observando a cada passo, a cada momento, que absorvi o dom da paternidade, foi de ti pai que herdei os gestos sagrados das virtudes, foi de ti que me veio o ensinamento da observação das belas paisagens ocultas da vida, dos abrolhos que a própria vida nos dá em amor. E é assim pai que eu quero te falar;

E é assim que eu quero reconhecer-te sempre, e te dizer do amor, desse amor de filho, esse amor que sinto por ti.

E também esse amor de pai para pai, ainda que em tempos opostos. Estejas onde estiveres eu sempre serei teu filho e tu serás eternamente meu Pai.

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