quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O tempo e o poeta

O tempo não morre no livro do poeta,

enquanto os homens dormem,

anjos vagueiam os céus,

sem regras, sem rumo, apenas vão,

deixando palavras nas linhas em branco.





Existem milhares de estrelas e céus,

nas palavras voam livres os desejos,

revirando almas e páginas duplas,

favorecendo as vontades do amor,

até o despertar dos olhos da amante.





O poeta canta triste e caminha,

perdido em linhas sem rima,

contorna um corpo fictício de mulher

e escreve encantado um poema,

uma declaração para alguém sem nome.





Sua vida faz versos em cada beijo desejado,

os amores vêm e vão a cada palavra,

o tempo é um grande livro de linhas brancas,

que acaba na última pagina falando do amor,

até a morte, é quando o poeta dorme.

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