quinta-feira, 12 de agosto de 2010

EXCLUÍDOS OU ESQUECIDOS?

Fome! Direis, ora fome! Muitos hão de dizer: Fome! O que é fome? Seria algum sentimento, algum sujeito, ou alguma virtude?... Quanta gente nem sabe realmente o que é fome, jamais experimentou um dia sequer com o estômago vazio, ou um jejum apenas por um dia, ou ainda, pela necessidade de diminuir a obesidade acumulada pela gula.



Campanhas fraternais aparecem, quando em vez, pregando ou apregoando o sentimento da solidariedade, ou da fraternidade, “repartir o pão”. Por que repartir o pão? Quem tem fome que vá trabalhar que vá arrumar ocupação hão de dizer certamente aqueles que jamais sentiram fome.



Excluídos ou banidos? Creio que no caso da fome, não existem excluídos nem banidos, mas com certeza existem os esquecidos. Existem aqueles que não foram abençoados com o nascimento, em ter nascido em um país farto de alimentos e que tenha os meios necessários para lhes oferecer um emprego, origem de sua sustentação social e financeira. Infelizmente existem em alguns paises, onde milhares de crianças estão passando fome, (não por que não queiram trabalhar, não por que seus pais não tenham ocupação), mas sim por que não existe essa ocupação, não existe um meio de ganhar o sustento e por isso os esqueceram, mas a fome não os esqueceu.

Existem países que a pobreza transformou-se em uma doença epidêmica e cresce cada vez mais, por que aqueles que têm, não dispõem um mínimo de suas posses a favor de ninguém, preferem usar o adágio lastimável de que, quem tem e dá a quem não tem fica sem e quando usam de solidariedade humanitária, só o fazem em caso de calamidade extensa, como terremoto ou maremoto.



Existem sociedades e religiões no mundo, que a riqueza acumulada, disponibilizando menos da metade a favor da pobreza, seria suficiente para exterminar com essa epidemia, e cuja riqueza, para construí-la, certamente teve a mão abençoada daqueles que tem fome.



Investir em construção de guerras é mais proveitoso do que aplicar o discernimento, usando um sentimento hoje muito raro, o amor. É mais comercial e proveitoso para os senhores do mundo fazer guerras, por que esta lhes dá mais riqueza, por que crescem suas indústrias na produção de materiais bélicos e aumenta a sua fama política.



Fome! Direis, ora fome!

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