Há um novo tipo de homem na praça. 
O homem paterno. 
Sonha ser pai, vibra quando sabe que vai ser pai e adora brincar com o fruto de seu amor. 
Não viu quem não quis, não vê quem não quer. 
 
São jovens, às vezes nem tanto, desfilando garbosos com seu menino ou sua menina, ocupando-se do ofício de criar um ser humano que nasceu dele.
Também são vistos em shopping centers, supermercados, no carro, na rua 
ou nos estádios com seus filhos adolescentes. 
Aqui e acolá pode-se vê-los empinando pipas, empurrando bicicletas, 
rolando na grama com seus pequenos. 
Se preciso, cozinham, dão banho, trocam fraudas e, como suas esposas, 
enfrentam tudo o que um bebê costuma exigir dos seus pais.
Acabou o tempo do pai distante. 
Jovens pais chegam hoje ao trabalho com cara de quem cuidou do filho 
para que a mãe dormisse um pouco. 
Os tempos estão mudando. Nisso, para melhor.
Não conheço as estatísticas e nem sei se foram feitas, mas sou capaz de apostar 
que hoje a maioria dos pais investe pelo menos 50% do tempo em que estão em casa 
no ofício de cuidar dos filhos.
O macho da espécie descobriu que filho é tarefa dos dois 
e que se quiser uma esposa mais descansada 
precisa ajudá-la a cuidar do fruto que nasceu de ambos.
Deixou de ser pachá e rei, para ser pai com tempo integral.
E é bonito ver que muitos divertem-se com isso. 
Gostam de estar com seus filhos, brincam, incentivam, 
querem deixar sua marca amiga no
pequeno ser humano que Deus lhes deu de presente.
Quem nunca ouviu que ouça: milhões de rapazes na casa dos vinte anos 
respondem positivamente sobre a idéia de ter um filho. 
Querem ser pais e acham que isso é realização. 
Gostariam de tê-lo com a mulher certa porque ficaria mais tranqüilo criar aquele filho.
Há uma geração que mesmo quando brinca de sexo, ou vive-o com a mulher errada, 
lá no fundo de seu coração masculino espera ter um filho a quem amar.
Os pais estão mudando.
 
Não é que os pais de ontem fossem menos pais. 
Os tempos eram outros e a sociedade educava o pai para ter uma certa distância dos filhos. 
Hoje eles estão convencidos que a distância machuca o filho.
Os pais estão muito mais presentes. 
É bom para os filhos, bom para as mães, bom para os próprios pais e bom para a sociedade. Benditos os pais que gostam de ser pais. 
Os filhos agradecem.
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