quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ausente-presente

Deveria sonhar mais esta noite, mas ela não veio,
separei estrelas para iluminá-la, mas ela não veio,
fiz as paredes de azul, como o céu, mas ela não veio,
parei a lua no meio da noite, mas ela não veio.


O que dizer de um amor tão distante,
que às vezes eu quero e ela quer,
as noites nos meus braços, meu corpo no seu,
o beijo no beijo no desejo mais que infinito.


Voltarei todas as vezes que ela me quiser,
com todos os desejos, todos os prazeres,
como escrevo no seu corpo quando faço amor,
preciso me sentir perdido para que me encontre.


Eu a tenho, mesmo nas noites que não vem,
seu rosto está na mente, a alma na alma,
como o céu guarda seu maior tesouro,
as estrelas dependuradas esperando a lua.


É tudo que posso dizer, não o que posso sentir,
minha alma já não corre perdida noutros amores,
busco cada olhar, cada gesto seu, cada beijo,
assim estou onde seu coração está, junto e separados.


Na mesma noite de todos os amantes, te amo,
como ninguém jamais amou um dia uma mulher,
o amor antes da carne, o carinho antes da palavra,
o sentimento que invade a alma antes do ''te amo''.

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