segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cadê você?...

Cadê você... meu anjo... meu amor?
Que nas brumas desta noite fria...
Lamenta como eu... a mesma dor...
Num lancinante queixume de agonia...

Cadê você... meu homem menino?
Meu pedaço de insanidade e pecado...
Meu ilusionista... meu mago ladino...
Que faz meu corpo mal acostumado.

Cadê você... minha criança traquina?
Minha poção mágica de ternura...
Boca que a minha boca fascina...
Provocando arrepios e fissura...

Cadê você?... meu... sempre meu amor...
Singular e dulcíssimo amante e senhor.
Pele minha... meu fogo vivo... abrasador...
Falta-me seu peito macio e acolhedor!

Cadê você?... Para cantar... sorrir... gemer...
Povoar minha noite de estrelas e fadas.
Pegar-me no colo e fazer-me adormecer...
Só assim, posso divagar nas madrugadas!

Cadê você?... Cadê você, meu amor?...
Venha fazer-me inteira... vibrar... delirar.
Matar dessa saudade o íntimo clamor...
Venha correndo, depressa, por favor!

Venha, minha vida, com toda a loucura...
Em troca lhe darei um mar de ternura!
Beijos e abraços feitos de paixão pura...
Nossa vida será uma completa travessura!

Será o fim da sua... da minha tortura!
Nossa existência... uma eterna ventura!
Nunca mais lamentos... nem amargura,
Só a imensa paixão que nos enclausura!

Então venha... venha urgente, meu amor...
Colher dos sentimentos a mais bela flor.
Imaginada, ansiada por você com tanto ardor.
Venha em meus braços... morrer de amor!...

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