quarta-feira, 11 de agosto de 2010

COMEÇO, MEIO E FIM DE UM AMOR

Meus sonhos caíram, desmoronaram sem vidência, inclementes ficaram.



Quão tolo fui quando pensei em ser feliz.

Pobre coração!

Só poderia ser engano em pensar que um dia alguém te quis.



Na aurora da minha esperança,

esqueci que nasci para ser só, um caminhante da solidão,

e eu sabia que o único e verdadeiro amor

está na rosa guardada em meu coração.



Iniciado na ordem do amor

eu devo aprender mais uma lição...

Devo aprender que a amizade é falsa passageira,

é um paralelo e elo de solidão,

ainda que sincera jamais será pra vida inteira.



No poente da tarde esquecida,

nem imaginas o quanto por mim foste querida.

Nada quis além da tua amizade e do teu amor,

nada pude também te oferecer,

além de uma virtual rosa flor.



Abri-te meu coração,

te cobri de jóias em emoção...

Conduzi-te onde jamais ninguém tinha ido,

ao pergaminho de uma história de amor

que eu já havia há muito esquecido.



Mas aprendi que devo novamente essa porta fechar,

e deixar que este coração solitário

reponha no relicário,

as antigas lágrimas e não mais se ponha a chorar.



Hei de aprender que o coração

tem que sofrer se quiser no amor estar,

morrer para renascer em um novo amanhecer,

sem a ânsia em conhecer um novo amor,

para novamente amar.



Amor, abstrato sentimento, às vezes

transformado em lamento... Eis o que ficou,

eis o que restou da emoção sentida, mas ainda querida

neste solitário coração.

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