Soa uma bela canção no ar... tão triste...
Agora... muito mais triste... ainda...
Recordo a canção que queria escrever...
Que seria minha... para o resto da vida...
Ela era perfeita... nela palpitava o coração...
Seus acordes... eram de eterno amor...
Juras, sorrisos, abraços ... beijos tantos...
Sonhos concretizados... flores no aparador...
Melodia de corpos... almas unificadas...
Prometidas para sempre... apaixonadas...
Vencendo barreiras, invejas... distâncias...
Alcançando o céu... em noites enluaradas...
Trovões riscaram o céu... sua fúria imensa...
O puríssimo cristal não suportou, espatifou.
Morreu o encantado delírio... a inspiração...
A linda e festiva canção, abandonada ficou...
Guardarei em mim.. a partitura inacabada...
Minhas lágrimas... molharão cada nota...
Um dia... alguém há de ler... bem sei...
Por certo, dirá: - Como amou essa idiota!
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