Da seiva da terra que entre escombros se esvai
desalinhavada do doce remanso desta vivenda
por onde fluiram encantos em beleza estupenda
e hoje em tristeza escorre ao chão os últimos ais.
Da vertigem da alma calada que assiste e nada faz
alimenta a batalha e só conta em dois versos o mal
que se espalha na selva, mas retrai ao menor sinal
quando se vê cerceada, dá um passo e lança o As.
Do canto do rouxinol que chora o triste lamento
de ter o ninho tocado e receia a chama que vem
ardendo a floresta de sonhos em fogo tão lento.
Da semente arrancada do solo que sequer germinou
na colheita que padece no estio em eterno vaivém,
de um pássaro que fecha as asas preso ao que restou.
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