... Tanto que andei e ora o cansaço algema este dia;
quanto que não sei? O inchaço sofrido do sol
e a dor da última pancada esvazia o crisol
no resto de angústia que se escorre na guia.
Apaguei o ontem e enterrei esta noite insone,
esperando a esperança amanhecer febril,
cessando à procura, eu morri no chão que ruiu
caindo o tanto e o quanto e um nada ao sobrenome.
Hoje andei tanto e bebi a dor do temporal;
queria que às águas levassem o vermelho
e que e tristeza não fosse sangria ao espelho,
manchando o jornal em mais um ponto final.
Calei a minha idiotice e chorei num banco
toda a impotência deste ser revulsivo,
tentando parar o agônico improviso
no rascunho do amanhã, em papel tão branco...
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