quarta-feira, 27 de junho de 2007

Meu sonho erótico

Dos poros exalava o perfume
O agridoce do cio
num inebriante arrepio


Do corpo exalava o calor
O fogo selvagem
anunciando a viagem


Do sonho exalava o efeito
O sentido aceso
no aflorar do desejo


Da mente exalava a tortura
O doce querer
que antecede o prazer


Da boca exalava o gemido
O som sem sentido
que abafa um grito


Do ato exalava o carinho
O gozo antecipado
do próprio ato de fato


Todos os sentidos despertos
No corpo o eufemismo
exalando o erotismo

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