terça-feira, 26 de junho de 2007

ONDE TU ESTÁS

Mulher das minhas muitas vidas ,
companheira de velhas jornadas ...
Retornamos mais uma vez, querida ,
neste mundo em breve morada !

Selados compromissos ,
tentamos nosso melhoramento ...
Até que um dia não mais regressarmos
e tornamo-nos uma estrela no firmamento!

Foste minha amante , sei lá em que vida ,
fui teu homem proibido , sei lá em que tempo ...
Maculamos o princípio da Santa Igreja :
a fidelidade eterna em nosso juramento !

Não cumprimos, amada minha ...
Por quantas vidas a mais não conseguiremos
cumprir ?
Insiste ainda a espiritualidade em nosso reencarne,
os nossos corpos dividir ?

Entregam-te aos braços de um outro homem e
eu nos braços de uma outra mulher .
Esquecem de não romper de nossas almas,
a corrente !
Até que um dia nossos olhos se encontram
e pecamos, meu amor, novamente !

Assim, busco-te sempre em cada beijo ,
no calor de tantos abraços ...
Por este mundo onde sei que habitas,
na ânsia louca de encontrar os teus passos !

Passo por mil moradas e peitos ,
lábios que me juram amor ...
Por longas noites e nas boêmias madrugadas,
buscando-te no dia que mal raiou !

Busco-te pelas ruas , entre as pessoas ...
Nas poesias de qualquer poeta !
Nas canções e melodias ,
na quietude da noite em festa !

Busco-te no clarão da lua,
na esperança de encontrar um sinal
da tua presença ...
Quando não me caibo de dor e saudade ,
encontro-te em minhas lágrimas por
tua ausência !

Mulher das minhas muitas vidas ...
Onde estás ?
Qual o nome da tua rua ,
o número da tua moradia ?
Se me desse em qualquer lugar deste mundo,
um sorriso, bastaria,
eu a reconheceria !

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