Te reencontrei na esquina do meu desencanto,
Amor, meu velho e novo amor!
Sempre gentil destilando mel sobre o meu canto,
Acalmando, como uma brisa fresca, meu pavor.
Leva embora para o abrigo do teu Ser,
A dura realidade de uma fuga,
Que constrói, reprimindo o meu viver,
A difícil correnteza que me suga.
Dá-me tua mão, aperta forte e me segura;
Abraça-me com teu carinho envolvente,
Adona-te de meu corpo, solto, que te procura,
Para essa entrega prometida a ti somente.
Colados nessa onda que nos aproxima,
Voltados para o ápice da sedução,
Deixa em mim tua marca que me anima
E vamos nos unir nessa lúcida absorção.
Não diga nada, pois a hora silencia;
Deixe só nossas almas comentarem,
Não perturbemos a sublime companhia
Dos nossos sentimentos a se falarem.
Sem comentários:
Enviar um comentário