quinta-feira, 28 de junho de 2007

A HORA DO AMOR MAIOR

Te reencontrei na esquina do meu desencanto,
Amor, meu velho e novo amor!
Sempre gentil destilando mel sobre o meu canto,
Acalmando, como uma brisa fresca, meu pavor.

Leva embora para o abrigo do teu Ser,
A dura realidade de uma fuga,
Que constrói, reprimindo o meu viver,
A difícil correnteza que me suga.

Dá-me tua mão, aperta forte e me segura;
Abraça-me com teu carinho envolvente,
Adona-te de meu corpo, solto, que te procura,
Para essa entrega prometida a ti somente.

Colados nessa onda que nos aproxima,
Voltados para o ápice da sedução,
Deixa em mim tua marca que me anima
E vamos nos unir nessa lúcida absorção.

Não diga nada, pois a hora silencia;
Deixe só nossas almas comentarem,
Não perturbemos a sublime companhia
Dos nossos sentimentos a se falarem.

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