As terras passarão, os mares e qualquer vento
descerão o sol e a lua, as estrelas e as brumas
o orvalho será gelo, os riachos apenas espuma
nenhum pássaro no céu de um azul cinzento!
Ouvir-se-á o pranto solitário daquelas enseadas
e das cordilheiras as cálidas lágrimas a escorrer
no manancial tristonho e prostrado a padecer
os últimos acordes da água naquela invernada.
Nos aromas nenhum incensar de alfazema
daquele lençol somente a doce lembrança
da verde madeira na poesia e último poema,
e nos montes sem luar, nem poente ou alvor
só a luz reflectida ante a verdadeira dança
das almas unificadas no universo de amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário