Que gritem os bebês enquanto crescem,
aprendem a chorar antes de respirar,
como se do mundo fossem donos,
da barriga saem aprendendo a mandar.
Os cabelos são como arco-íris no céu,
seus rostos são coloridos, rosa, moreno,
as mãos agitam quando o seio chega,
a boca suga, suga, como vitória do dia.
Quando lhe tiram as fraldas molhadas,
mostra o céu arredondado e suas bolas macias,
espalhado, nuvens escuras e mal cheirosas
e eles dão risadas, que alivio, lá vem água.
Logo são árvores, brancos, negros, ruivos,
alguns dão flores, algumas dão frutos,
pensam logo ser suficientes e choram,
que saudade, de saudade da barriga que era rei.
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