sábado, 13 de dezembro de 2008

Vigília

Estrelas se derramam em pranto pelo chão,
na noite longa, das emoções prisioneiras...
Na couraça, o olho cego, estático
insiste em vislumbrar o horizonte.


Inatingíveis, os amores e dores,
são vultos que seguem de mãos dadas.
Que afagaram o nada e tocaram, nus,
a sede de luar e de pés descalços.


De laços frouxos e abraços rotos,
pintado está o rosto e o gosto.
Na boca ausente, fome de gente,
implode de repente em ondas fortes.


Que batem nas pedras e tanto!
Ressente-se de toda uma vida,
Fugindo das esquinas por atalhos,
esgueirando-se... desenhando essa vigília.

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