Clarividente,
é a fábula cantada,
por um velho ancião das letras,
sabedor das cores, das entidades
que um dia vieram aqui deixando
sua tatuagem lírica, a emoção
brotando em penas e tinteiros!
No marejo das palavras,
assumo meu luzeiro,
exalando em meus divagares,
por vezes sicilianos,
por vezes vindos de uma
Veneza oriental, d’onde
tudo reluz poesia, d’onde
a mulher dos meus sabores
surge maestria de todo madrigal!
Ao fundo,
nuvens avermelhadas
evocam a noite e sua magia
por excelência, trazendo
em suas naves pitorescas
o charme da tua voz, reescrevendo
a eclética partitura, a linha
do horizonte em fantasia
e resplendor!
Na penumbra,
teu corpo é luz e o toque seduz,
cantando pelos mares do sul!
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