sábado, 20 de dezembro de 2008

UNS E OUTROS

Tenho meus olhos raiados de sangue,
pelo choro e sacrifício, dos que já não
choram, por que secaram por dentro,
ante sua miséria e a indiferença, dos
demais, que, deixaram de escutar, o
tímido apelo, há muito petrificado, no
verdete das escadas, e, que, no etéreo
das ruas, se foi perdendo, por entre o
bulício e as gargalhadas, de conveniência.

Andrajosos e sem qualquer asseio, no
seu corpo, tentam passar despercebidos,
para não ferir a paisagem invicta, por isso
os vedes sorrir, ante sua clarividência, que,
para agrado de muitos, preferem chamar
de loucura, pois só assim mantém sua frágil
condição, diante daqueles que renegam
vilmente, com todas as suas forças, de gente
vulgar, fazendo-se passar, por classe média.

Porém é sabido, que vivemos num mundo
de mentira e diz que diz, onde reina cobiça
e se pousa, com sua melhor máscara, para se
fazer passar por aquilo, que não se é, e, se for
preciso, pede-se às amigas, suas melhores
pelúcias, para se pavonearem, por entre a
multidão e os carros, que espreitam, todo
este figurino Dantesco e de proporções bem
despropositadas, levando esta gente ao ridículo.

Sabe-se de antemão, que, são estas pessoas,
que se escarram, nas esquinas das paredes,
vendendo seus corpos falseados, fora de prazo,
e, não os pobres, correndo de lés a lés, a cidade,
procurando e pedindo comida, umas moeditas,
que, vão guardando, religiosamente, pra terem
sustento, durante todo o dia, pois que lhes basta
pouco, para sobreviverem, de tão acostumados
que estão, em viverem com o que têm à mão.

Antes a verdade, de um vagabundo, que não se
esconde, ao que é, que, a mentira impregnada,
por gente, que parece sofrer, de distrofia total,
principalmente a mental, que lhe tolhe a razão
e todo e qualquer tipo, de valores comuns e de
bom senso, que bem sirva a uma sociedade, e,
a todos, os que dela fazem parte, usando-se,
somente, de seus correctos princípios, sendo
capazes, de ajudar os bem menos afortunados.

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