segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Minha Ciganinha

Bordo minha canção

dia após dia, deixando-me

inundar pelo sabor da tangerina,

zil metal dos contos apaixonados,

birô dos meus devaneios,

poetando-te, te escrevendo

em gotas de chuva, te tendo

nas cores do arco-íris!



Ah! minha ciganinha,

vamos ganhar o mundo,

levando em nossos corações,

o flamenco gostoso, a palavra

sagrada ditada pelo baralho,

a luz emanada na runa que

escorre em tua alma paixão!



Na linha do horizonte,

versejo-te ao som das castanholas,

intuindo em ti o linguajar, o dançar

e o frenesi, o brilho do teu olhar,

cigana do meu lamentar!



Ao pôr-do-sol,

anuncio a opera dos andarilhos,

o mosaico, o vitral vivo

desenhando teu jeito de amar

límpido, aromático, o beijo

molhado nas preces

deste poema rabiscado nas

chamas da tua sedução!

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