segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Risco Inútil

Escrevo meus dias
em papéis translúcidos,
sem segredos,
sem mistérios
e sem encantamento algum.
Onde o glamour?
Onde a novidade
onde as fantasias?
Sonhos soltos,
perdidos,
embrulhados em rotinas,
em eternos medos.
Frisson? nenhum...
E em viver sem brilho,
sem fama,
sem lama,
sigo assim,
anônima criatura,
acomodada em ternuras,
invisível,
sem graças alcançadas,
e muitas mil promessas
não cumpridas.

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