sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A DISTÂNCIA APROXIMA O AMOR

Caminhando, ao sabor da brisa nocturna,
com minhas roupas, emitindo um estranho
bailado, pés descalços,
percorrem serenamente, uma velha ponte
de madeira, entrando rio adentro.


Amarrado à ponte, há um pequeno barco,
para não mais, de duas pessoas.


E conforme, a ondulação, vai e vem, assim
ele se comporta, indo bater, de
quando em vez, num dos postes,
de há muito refúgio, para crustáceos.


Indiferente, ao som surdo, que tal impacto,
provoca na madeira,
propagando-se pela noite, sem qualquer
hesitação, continuas teu caminho.


Até onde a ponte se encontra, com as águas
do rio, em destino.


Aí chegando, sentindo o ranger, da madeira
antiga, pelo facto, de nela te teres sentado,
deslizas teus pés,
mergulhando-os suavemente, nas águas.


Uma figura, atrás de ti, parece observar-te,
de longe.


E teu coração, sabe bem quem é, e que, não
são só recordações nem ilusões, o que a
lua te traz, na sua meia luz.


Resistindo à tentação, de espreitares, por
cima de teu ombro, chamas seu nome
baixinho, enquanto vais aguardando, que,
nova manhã, se faça.


E nos braços, um do outro, se voltem
a amar.

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