quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Nesta Noite Fria...

Sozinha... Nesta noite fria... E chuvosa...
Vou recordando. Mágoas... Elas são tantas!
Segue a vida sem razão, sem cor, nebulosa.
Que já nem sei se teimar em amar adianta!

No barulho da chuva... Viaja meu coração..
Cansei, cansei de tudo... Esperar, sina maldita!
Vazio... Vazio doído e profundo... Eterna solidão,
Lágrimas tantas... Alma desnorteada... Aflita!

Sonhos de amor... Atirados pelo chão!
Mazelas que a vida impõe sem compaixão!
Silêncios... Respostas de cruel conformação!
Quem sou eu enfim? Nada mais que um grão!

Nesta noite de chuva, vou desfiando meu rosário,
Tentando conter do desespero a explosão!...
Suportando a má sorte... Meu eterno calvário...
Toda a dor pungente que já senti dessa paixão!

Amei... Amei... Amo... Esse foi o meu erro!
Deixar mandar em mim... O idiota coração!...
Para ser contemplada com tristeza e desterro!
E levar do destino... Um tremendo bofetão!

Sozinha nesta noite chuvosa... Longa e fria,
Deixo que me acusem as duras verdades ...
Que atirem-me na cara toda a minha covardia!
Minha fragilidade diante da brutal realidade!

Estou, estarei só... Sempre abandona e só,
Esperando... Esperando essa tal felicidade

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